sábado, 6 de setembro de 2008

belchior e as lentes mordidas

deitado e com um copo de montilla ouro na mão, digitando com o teclado nas pernas. bermuda azul, blusa branca e ouvindo o dvd do sublime. maravilha decadente e esquecida.
depois de duas horas de conversa que gerou uma certa empolgação, você foi comer e ver filme. pra quê? a noite poderia ser perfeita. você poderia pegar seu carro e vir pra cá, nos ver tocando belchior e beber um pouco, pra aliviar a tensão das aulas e do seu trabalho.
quando eu pedi pra você ouvir 'janta', do disco novo do camelo, foi pra que você entendesse a letra e a melodia. ''caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá''. entende?
eu ando em frente por sentir vontade.
''caberá ao nosso amor o que há de vir''.
eu sinto falta dos tempos de carnaval, quando você dizia pra gente se encontrar depois da chuva e mandava mensagens no meu celular. há uma mensagem que eu ainda não apaguei, ela diz: 'tá chovendo...'
lembro do dia, da hora e da cor da armação do seu óculos. lentes mordidas pelo cachorro e tudo mais. seu nariz de batata, minha barba de pescador. meu jeitão de bêbado e todas as coisas que ele gera.
uns goles a mais e o sentimento barato começa a aflorar. não sei se é por falta de opção ou se é por falta de bebida, mas eu sempre penso naqueles dias quando bebo alguma coisa mais forte.
o primeiro dia foi na praça universitária, com cara de sono e matando aula de teologia. logo de teologia, a matéria que o gordaço, com o perdão da palavra, dá aula.
enfim, menina no óculos mordido, se você chegar a ler isso qualquer dia, esqueça que faz letras. perdoe meus erros de português e de conduta. leve em conta que eu estou bebendo desde cedo e que já são 21:14. prepare-se para o dia 26, prometo qualquer tipo de surpresa. se chover, melhor ainda.
'eu, você e todos os encontros casuais'
ouça o disco do camelão, por favor. e, por favor, seja mais fácil. ou então, eu ficarei louco.
desde que pisei em solo goiano após minha passagem pela bahia, só penso em narizes, óculos mordidos e seus amigos gays.
sempre que eu vejo 'single', dá vontade de dizer coisas e aproveitar as coisas. mas, você nunca faz nada. nem diz nada.
diga não e eu seguirei. diga sim e eu te mostrarei que o 'sou - nós' pode se aplicar perfeitamente ao seu cotidiano. e que seu bairro nem precisa ser copacabana.

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